Ainda sinto teu gosto em minha boca
Tenho ainda em meus olhos tua imagem
E retens, em meu âmago, em voragem
Teus ímpetos febris de fera louca.
Ainda sinto o calor do teu suor
E tua aura provocante, nua, airosa
E a fragrância inebriante de tua rosa
Perfumando o espaço ao meu redor
Tu me invades, assim, a cada instante
E ocupas todo o sítio onde eu esteja
Meu ser se acende, o corpo te deseja
E quando tento tirar-te de mim
A mente nega, mas a alma almeja
Viver contigo essa paixão sem fim.